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Conheça a Ju, nossa expert em design digital



Quais são as características essenciais para um designer? E o que torna um designer digital diferente dos outros? Na nossa entrevista de hoje, a Juliana Meirinho, mais conhecida como Ju, responde essas e outras perguntas sobre o universo de quem trabalha com comunicação visual.

NMA: O que um designer digital faz? E qual é a diferença de um designer digital para um designer generalista?

Juliana: Um designer digital é o profissional que trabalha com criação de artes e interfaces com finalidades digitais, ou seja, que só serão reproduzidas em mídias como computador, celular, tablets e televisão. A maior diferença entre um designer focado no digital e um designer gráfico geral é que o designer digital normalmente trabalha só com o mundo digital, não sendo comum ser responsável por elaboração de materiais impressos e derivados.

NMA: Quais características você considera essenciais para um designer?

Ju: Com a experiência que tive trabalhando com design ao longo dos anos, percebi alguns pontos que acho importantes para o desenvolvimento profissional de um designer. O primeiro deles é estar aberto a ouvir críticas e, principalmente, a absorvê-las, mesmo sendo um sênior. Tudo que a gente recebe pode ser construtivo e auxiliar na nossa evolução. Trabalhar com criatividade é delicado, pois exige constante trabalho mental para entregar coisas inovadoras, bonitas e interessantes – mas nem todo dia a gente tá com a mente criativa, né? Então é importante o profissional ter paciência para ouvir as críticas, pois elas podem ser cruciais para a qualidade da entrega. Fazer cara feia pra toda crítica que você recebe não vai te levar a lugar algum então, ao invés disso, procure evoluir. Um segundo ponto é a procura por inspiração, que na minha opinião, tem que ser um exercício diário. Buscar referências é uma ajuda e tanto, principalmente para dias de mente enferrujada. Às vezes uma simples cor somada a uma forma já é o suficiente para abrir um caminho de ideias na nossa cabeça. Tenha sempre na barra dos favoritos alguns sites de portfólio, como o Behance, por exemplo. Um terceiro e último ponto é a autocrítica. Existem trabalhos em que o cliente quer “aquela versão feia”, os que precisam entregar rápido e os que a criatividade está liberada. É justamente neste momento que, ao terminar a arte, é importante avaliar se o que foi criado está realmente legal. O profissional pode e deve se autoquestionar: “Eu gostei do que eu fiz?” A autocrítica pode mudar completamente o resultado da entrega para algo muito melhor, podendo ir além das expectativas e impressionar a si mesmo.

NMA: O que, na sua personalidade ou experiência de vida, te levou a trabalhar com isso?

Ju: Meus pais desenham bastante: minha mãe fazia desenhos incríveis quando criança, desenhou obras de arte só com lápis e cursou design de interiores na faculdade, já meu pai também sempre desenhou muito bem e pintou alguns quadros maravilhosos sobre cultura gaúcha. Acredito que puxei um pouquinho esse lado artístico familiar e, portanto, eu sempre fui aquela aluna no colégio que adorava a aula de artes, a criança que os colegas de classe pediam para fazer os cartazes ou pra escrever os títulos nos trabalhos, assim como ouvia muitos "me desenha?". Cresci tendo computador em casa e já adolescente me aventurava a fotografar e editar no Photoshop. Uma de minhas irmãs cursou Desenho Industrial e acompanhei de perto alguns de seus projetos, conheci seus colegas de faculdade e logo fiquei com um certo interesse nesta carreira. Mas tinha um problema: eu sentia que todos à minha volta estavam fazendo Design e eu não queria fazer algo “só porque todos estavam fazendo”. Então pesquisei mais sobre e decidi cursar Comunicação Social, com foco em Publicidade, pois compreendi que muitos publicitários também poderiam trabalhar com arte e design posteriormente, além de estudar outros segmentos da área de comunicação. Eis que tive a oportunidade de estudar um pouco de jornalismo nos primeiros anos de faculdade, me aprofundar em marketing e, então, aprender um pouco de design gráfico. De início, comecei a estagiar na área de Criação da Universidade Veiga de Almeida, aonde dei meus primeiros passos profissionalmente. A partir daí, consegui meu primeiro estágio remunerado numa agência de marketing digital, que por fim me transformou em gerente de equipe. Lá foi onde completei quase 6 anos de experiência e evolução que contribuíram para meu desenvolvimento profissional, proporcionando oportunidades incríveis e que me tornou quem sou hoje. Decidi, então, abrir espaço para novas experiências de trabalho e foi quando conheci a NMA, seus propósitos, projetos e sua equipe que me recebeu de braços e coração abertos.

NMA: Qual foi seu maior desafio na NMA? E sua maior realização?

Ju: Acredito que meu maior desafio foi assegurar algumas entregas importantes assim que ingressei na equipe. Fui chamada pra trabalhar na NMA com certa urgência para resolver este desafio, então, senti bastante a pressão e responsabilidade, pois a entrega do produto ia ser fator decisivo para conquistar todo o projeto. Por sorte, consegui acertar em cheio, junto com o trabalho feito com a equipe. Esta, inclusive, foi a minha maior realização profissional na NMA, pois entrei na casa já com a responsabilidade de resolver uma entrega de grande importância e conseguir resolver isso com sucesso com apenas alguns dias de trabalho foi uma realização incrível. Mas como eu sou uma pessoa extremamente afetiva, gosto de pensar que tive grandes realizações pessoais aqui também. A amizade que construímos na NMA foi especial, uma conexão única e que, em pouquíssimo tempo, me fez sentir parte de uma família com pessoas que posso confiar, um ambiente que permite que eu seja genuinamente eu. Além disso, considero uma realização pessoal a conquista de poder trabalhar em um lugar que possibilite uma qualidade de vida maravilhosa. Sair de casa para ir trabalhar deixou de ser uma simples tarefa rotineira, chata e cansativa para ser uma vivência de experiências extremamente gratificante, do tipo que dá vontade de sair de casa pra poder viver coisas novas todos os dias. Afinal, aqui passei a ter as melhores sextas-feiras que já tive!

NMA: Agora deixa uma frase inspiracional para os nossos leitores!

Ju: “Não tenha medo de ter ideias ruins. Ruim é não ter ideias.” Seth Godin

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